2017 / 1h57 /
Drama, História
Direção: Steven Spielberg
Elenco: Meryl Streep Tom Hanks
Nacionalidade EUA
SINOPSE E DETALHES
Em 1971, os editores Katharine Graham e Ben Bradlee do Washington Post arriscam suas carreiras e liberdade para expor segredos governamentais que abrangem três décadas e quatro presidentes dos Estados Unidos.
A resenha contém spoiler, não clique se não quiser saber.
Se você gosta de jornalismo e cinema , este é um filme perfeito, pois temos uma história com lendas do jornalismo , disputa entre jornais e o Estado , envolvendo a suprema corte (dos Estados Unidos) , bastidores de investigação, conflitos comercias contra liberdade de expressão, dia a dia de uma redação, sendo que os protagonistas são representados por Tom Hanks e Meryl Streep , e dirigidos por Spielberg.
A trama inicia-se com um estudo sobre as relações Estados Unidos – Vietnan , de 1945 a 1967 , e trata sobre a viabilidade de se continuar com a guerra. Um analista constata , em um trabalho de mais de 14.000 páginas , que o mais correto seria os EUA admitirem a derrota e parar de enviar jovens soldados americanos para a morte eminente. Este trabalho ficou conhecido como “papéis do Pentágono “
Superiores não gostam dessa conclusão , transformam o trabalho em ultra confidencial , e dão continuidade a guerra…
Este analista entrega uma cópia do trabalho para o New York Times , que a publica. Neste momento , entram em ação nossos protagonistas.
Ben Bradlee diretor do jornal The Washington Post e Katharine Graham (Kay ), a dona do Post.
Ben , ambicioso editor chefe sonha em transformar o jornal num dos grandes veículos de comunicação ; Kay , uma mulher executiva que assumiu a presidência do grupo por causa do suicídio do marido. É mostrada como insegura e despreparada, numa época onde mulheres executivas só existiam por acidente.
Ben está obcecado por descobrir no que o Times está trabalhando , enquanto Kay , está sendo orientada a abrir o controle acionário da Empresa.
Neste meio tempo , o Times começa a publicar os Papéis do Pentágono e Ben consegue também cópias do documento. O Governo não fica parado, e consegue um mandado para impedir a continuidade das publicações .
Kay , até então apresentada como apenas uma dama da alta sociedade , organizando festas , e que passou sua vida mais preocupada com elas e com a criação dos filhos , está sobre extrema pressão ; de um lado , Ben , que conseguiu também cópias dos papéis quer publicá-los, em defesa da liberdade de expressão e da verdade acima de tudo ; do outro lado , os consultores financeiros e legais de Kay , defendendo que a publicação poderia até falir o grupo , que o melhor seria ela esquecer disso.
Neste momento, Kay toma a decisão: “Assustada e tensa, engoli em seco e disse: ‘Vamos adiante. Vamos adiante. Vamos publicar’. E desliguei.” . Esta é a declaração de Kay em uma autobiografia , sobre o momento em que teve que decidir.
Desse momento em diante, os dois jornais passaram a publicar detalhes do relatório, foram levados juntos à Suprema corte e venceram.
Uma vitória da liberdade de expressão, da verdade sobre um governo que sonhava em ocultar os fatos.
Ben e Kay , transformaram juntos o The Washington Post , de um jornal que não era nem mesmo o melhor jornal de Washington no segundo maior diário do país.
Na sequência , Ben coordenou a reportagem conhecida como Watergate , retratada em outro filme “ Todos os Homens do Presidente “ , e tornou-se uma lenda do jornalismo.
Nada disso seria possível sem a forte e decidida Katharine Graham, Kay , que com uma simples resposta num telefonema , revolucionou o futuro do The Washington Post e consagrou-se como um dos pilares da defesa da liberdade de expressão e da verdade jornalística.
“A imprensa deve servir os governados, não os governadores.”
— The Post – A Guerra Secreta