POR UMA VIDA MELHOR

2019/ 1h5346min 

Suspense/Policial   

DIREÇÃO: Kenneth Gyang

TÍTULO ORIGINAL: Òlòtūré                                        Nigéria

ELENCO:  Sharon Ooja (Òlòturé) Omowumi Dada (Linda) Bukola Oladipupo (Beauty) Beverly Osu (Peju)

SINOPSE E DETALHES

Uma jornalista se faz passar por prostituta para denunciar o tráfico humano da Nigéria para a Europa.

ATENÇÃO: A RESENHA CONTÉM SPOILER!!!

Este filme vem de Nollywood, como é chamada a indústria de cinema da Nigéria, a segunda maior do mundo em quantidade de produções.

Baseado numa matéria de Tobore Ovuorie, relata a saga de uma jornalista que viveu como uma prostituta com a intenção de desvendar a linha do tráfico humano, com a exportação de mulheres para a Europa.

O tráfico de pessoas é uma indústria que movimenta US$ 150 bilhões globalmente, enquanto US$ 99 milhões são gerados apenas da exploração sexual.

Estima-se que apenas na Itália, entre 10.000 e 30.000 nigerianas estão envolvidas na prostituição.

Nossa personagem, Òlòturé, sob o codinome de Ehi, se infiltra e passa a viver entre as prostitutas de Lagos, na Nigéria, buscando descobrir os responsáveis pelo tráfico de mulheres para a Europa, sonho de muitas das suas jovens companheiras de profissão.

Mesmo contando com a ajuda de seu editor, ela acaba sofrendo todo tipo de violência, ameaças de morte, até que é estuprada por um importante político, quando recusa aos apelos de seu editor para finalizar a matéria e voltar para a redação, e responde a este: “ A matéria não é mais sua, é minha agora “.

Consegue ser indicada pela cafetina para a “exportação” para a Europa, e nesse período vê o assassinato de uma companheira, passa por sessões de bruxaria, recebe seu passaporte falsificado, e tem sua tentativa de fuga frustrada, na fronteira com Benin, quando o filme acaba com imagens do triste comboio indo ao seu destino final.

Na vida real, Tobore Ovuorie , viveu sete meses entre as prostitutas, foi estuprada e sofreu várias violências, testemunhou o assassinato de duas companheiras e conseguiu ser indicada para a transferência para Europa, quando finalmente conseguiu fugir, em Benim.

O trabalho lhe deixou marcas severas, sofre depressão e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Perguntada sobe essas marcas, respondeu:

“Que efeito essa investigação teve em mim? Não sou nada além da sombra de mim mesma”, disse com o coração pesado. “Tento sorrir, ficar feliz, mas a verdade é que na maior parte do tempo, luto para me segurar na vida”.

                                                                              Tobore Ovuorie

Acompanhe sua matéria em:    https://app.premiumtimesng.com/

Em 2021 foi ganhou o prêmio Liberdade de expressão da Imprensa da DW. Veja mais em :

https://www.dw.com/pt-br/dw-premia-rep%C3%B3rter-nigeriana-por-defender-os-que-n%C3%A3o-t%C3%AAm-voz/a-57390926

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