Quando Rahaf al-Qunun, de 18 anos, decidiu renunciar ao Islã, fugir da Arábia Saudita era sua única opção. Após ser detida em trânsito em Bangkok, ela se barricou em um quarto de hotel, onde recebeu a companhia de um cineasta, o único jornalista a ter acesso. Revelando as histórias de Rahaf e de outras mulheres sauditas, este dramático documentário mostra os perigos enfrentados pelas mulheres sauditas que tentam escapar de uma das sociedades mais repressivas do mundo.
Este documentário conta a história de uma jovem da Arábia Saudita na tentativa de receber asilo na Austrália.
Rahaf al-Qunun, de 18 anos, foi viajar com sua família para o Kwait, quando decidiu fugir para a Austrália. Fugiu do hotel onde estava com a família, e comprou uma passagem para a Austrália.
Na escala em Bangcok, na Tailândia, teve seu passaporte retido, por ordem de autoridades sauditas, e foi informada que seria deportada de volta para seu país. Levada para um hotel, trancou-se no quarto, montou uma barricada com camas e o que mais podia, e informou que não retornaria. Enquanto isso, começou a enviar pelas redes sociais pedidos para que a ajudassem a não ser deportada de volta, que isso seria sua morte.
Sophie McNeill, uma jornalista australiana, ficou sabendo do fato, voou para Bangcok, e hospedou-se no mesmo hotel da jovem.
Aproveitando uma falha da segurança, entrou no quarto da jovem e com ela ficou, até que conseguiram que a ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) conseguiu um asilo político para a jovem no Canadá.
McNeil , além de retratar toda a história dessa fuga , realizou este documentário contando do que a jovem fugia, mostrando o quão desesperador é ser uma mulher na Arábia Saudita, apresentando outros casos que não deram certo, alguns que tiveram sucesso, e principalmente a opressão e os abusos à que as mulheres sauditas são submetidos. Rahaf, por exemplo, relata que estava há seis meses sofrendo castigos e abusos por ter cortado o cabelo e manifestado vontade de estudar.
Na Arábia Saudita, a mulher é uma propriedade desde que nasce. Um homem é designado seu tutor, normalmente seu pai, e a propriedade muda quando se casa. Em alguns casos, na falta de um destes, é nomeado algum parente para a função, podendo ser até um adolescente, desde que do sexo masculino. A mulher tem que obedecer as ordens de seu tutor até a sua morte. Estes decidem o que você fará, com quem casar, enfim, toda e qualquer ação a ser tomada na sua vida.
Vale a pena assistir ao documentário e também saber mais sobre a jornalista que o realizou, Sophie McNeill, que foi premiada em seu primeiro documentário, quando viajou sozinha para o Timor leste aos 15 anos e não parou mais desde então, trabalhando no Afeganistão, Israel, Iraque, Paquistão, Síria, Iêmen, Egito, Turquia e Gaza, sempre reportando sobre os abusos dos desprotegidos.
Escreveu o livro “We Can’t Say We Didn’t Know” e realizou o documentário “ Saving the Amazon “.
Siga o link abaixo caso queira saber mais sobre esta fantástica jornalista, que agora abandonou o ABC NEWS da Austrália para ser pesquisadora da Human Rights Watch ,uma organização internacional de direitos humanos, não-governamental, sem fins lucrativos, contando com aproximadamente 400 membros que trabalham em diversas localidades ao redor do mundo.
https://www.abc.net.au/news/sophie-mcneill/4516794
Uma história de uma menina contra as leis das trevas que ocorrem quando se une a política de um país ao fundamentalismo religioso e de uma jornalista que ambiciona com suas ações tornar o mundo melhor.
