2019/ 2h 2min /
História/Ficção
DIREÇÃO: Zeca Brito
TÍTULO ORIGINAL: o mesmo BRASIL
ELENCO: Leonardo Machado (Leonel Brizola) Cleo (Cecília) Fernando Alves Pinto( Luis Carlos) José Henrique Ligabue( Tonho)
SINOPSE E DETALHES
Em 1961, o governador Leonel Brizola lidera um movimento sem precedentes na história do Brasil: a Legalidade. Lutando pela constituição, mobiliza a população na resistência pela posse do presidente João Goulart. Em meio ao iminente golpe militar, uma misteriosa jornalista pode mudar os rumos do país.
ATENÇÃO: A RESENHA CONTÉM SPOILER!!!
Este filme fala de um momento histórico brasileiro, pouco difundido, mas muito interessante.
Trata-se do movimento organizado por Leonel Brizola, em 1961, chamado Campanha da Legalidade, quando este resistiu a uma tentativa de golpe militar, que impediria a posse de Jango.
Naqueles dias de setembro de 1961, Jânio Quadros, presidente eleito, renunciou. Dizia a constituição, que nesse caso, assumiria o vice, também eleito pelo povo (naquela época se votava para vice-presidente também) João Goulart, o Jango.
Porém, contra o gosto dos militares, Jango estava em visita à China, quando da renúncia, então o ministro de guerra tentou um golpe, dizendo que impediria a posse de Jango.
Leonel Brizola, governador do estado do Rio Grande do Sul, e cunhado de Jango, clamou pelo cumprimento da constituição, aquartelou-se no palácio do governo e conclamou o povo para resistir ao golpe, mesmo que tivesse luta armada.
Para contar esta trama, entram no filme 3 jornalistas, motivo pelo qual este filme está aqui.
Um mês antes, Cecilia Ruiz, uma jornalista brasileira, é enviada pelo Washington Post para a cobertura de uma das Conferências Pan Americanas, realizada no Uruguai.
Nesta reunião, realizou-se o encontro de Brizola com Che Guevara, onde ambos tiveram muitas boas impressões um do outro.
Acontece, que os Estados Unidos, monitorava a atuação dos dois, e a jornalista, também prestava serviços de espiã para a inteligência americana. Assim, ela se aproximou de um amigo de Brizola, o antropólogo Luis Carlos, que havia sido treinado na guerrilha em Cuba e também era amigo de Che. Usou todo seu charme, e além de dividir a cama com Luis, conseguiu participar de um churrasco com Che, Brizola e o presidente do Uruguai, na casa deste.
Enquanto dividia a cama com Luis, Brizola pede que este arranje um encontro particular com Che. Cecilia também consegue espionar e fotografar este encontro, e após passar as informações ao seu chefe americano, resolve desistir do caso, mas este pede que ela vá ao Brasil, acompanhar Brizola.
Chegando ao Brasil, conhece, Tonho, jornalista do Última Hora, e irmão de Luis Carlos. Com seu forte poder de sedução, conquista o mesmo, que lhe ajuda muito em sua tarefa, pois cobre as atividades no Palácio do Governo.
Assim, ambos estão no palácio, quando este é interditado por ordens de Brizola para a resistência ao golpe militar. Os militares ameaçam bombardear o Palácio, e Tonho resolve ir até as pistas dos aviões, apresenta-se como jornalista, clama para que os pilotos não obedeçam as ordens, e como era muito comum na época é preso.
Neste meio tempo, Luis Carlos já se juntou a Brizola na Campanha da Legalidade, já reencontrou Cecilia , e assim já se formou o triângulo amoroso.
Brizola consegue o apoio do exército no Rio Grande do Sul , e envia um avião cheio de jornalistas para buscar Jango, que está no Uruguai . Neste avião vão vários jornalistas do mundo, Cecilia , Tonho e Luis Carlos, com o pedido especial de Brizola para que não deixe nada acontecer a Jango. No Uruguai, Cecilia tem conhecimento de planos para que Jango não retorne vivo ao Brasil, informa a Luis e sugere que este retorne no avião dos jornalistas, para estar mais protegido.
Jango retorna agradece pelo apoio de Brizola, mas contra a vontade deste, aceita uma negociação para que o regime se transforme Parlamentarismo, assim ele assumiria como Presidente e Tancredo Neves seria o Primeiro Ministro. Assim foi feito, até o golpe definitivo em 1964, quando Brizola exilou-se no Uruguai.
O filme intercala várias imagens da época, para reforçar a veracidade da Campanha e torna-lo um tanto quanto didático.
Cecilia abandona seus serviços de espiã e junta-se a Luis Carlos em uma nova guerrilha onde desaparecem.
Parte desta história também é narrada por sua filha, por uma coincidência também jornalista e mostra toda a sua dificuldade com o trabalho investigativo para descobrir quem foi sua mãe.
O problema, é o mesmo que passam todos os jornalistas reais que buscam dados sobre os conturbados tempos de ditadura em nosso país.
Para quem quiser saber um pouco mais sobre esta história, seguem links abaixo: