HEBE – A ESTRELA DO BRASIL

2019/ 2h 02min / 

Drama/Biografia

DIREÇÃO:     Maurício Farias

TÍTULO ORIGINAL:  o mesmo    BRASIL

ELENCO:  Andréa Beltrão (Hebe Camargo) Marco Ricca (Lélio) Danton Mello (Cláudio Pessutti) Caio Horowicz (Marcello)

SINOPSE E DETALHES

A narração de alguns anos da vida da maior comunicadora do Brasil, Hebe Camargo.

ATENÇÃO: A RESENHA CONTÉM SPOILER!!!

Hebe Camargo não foi jornalista, então pode se questionar a presença deste filme nesta lista.

        Porém se considerarmos o Jornalismo como a arte da comunicação, nada mais justo que se assistir ao filme da maior comunicadora da televisão brasileira.

        Nascida pobre, em Taubaté, no interior de São Paulo, Hebe iniciou seus trabalhos no rádio, na década de 40.

        Com a chegada da TV , na década de 50, para lá ela foi, e ficou, até sua morte.

        Em 1955 iniciou o primeiro programa feminino da TV brasileira, e nela permaneceu até 1965, quando deixou a TV para engravidar.

        Retornou em 1966 e trabalhou em várias emissoras, até em 1985, deixar a Bandeirantes, onde inicia-se o filme.

        Hebe já era a estrela da TV, quando resolve apresentar toda a sua pôlemica, falando sobre homossexuais , trazendo entre seus entrevistados Dercy Gonçalves, conhecida por seus palavrões e língua incontrolável, e Roberta Close, o travesti de sucesso na época por sua beleza.

        Como estávamos em tempos de ditadura, tentaram censurar Hebe, mas ela não se calava tão facilmente, preferindo deixar a Bandeirantes.

        Diz-se que o ocorrido não foi como o narrado no filme, que na realidade ela foi demitida, por descobrirem que já negociava secretamente com Silvio Santos.

        Enfim, em 1986 iniciou-se a famosa parceria Hebe-Silvio que durou por mais de 20 anos.

        Nesse ponto o filme mostra a vida particular de Hebe, com seu casamento atribulado, a relação com seu filho e com seu sobrinho, que era também seu agente.

        Dona do poder constituído a uma estrela da TV que se apresentava há décadas, sempre ao vivo, Hebe falou, e falou com força.

        Defensora dos homossexuais, dos pobres, do povo, com sua linguagem simples e popular, atingia como ninguém esta camada social. Enfim era a grande interlocutora do povo.

        Numa de suas entrevistas, acabou se ofendendo os políticos, chamando-os de vagabundos, dizendo que não trabalhavam pela nação e sim para seu próprios interesses (que heresia!!!!!) , e o então presidente da Câmara, Ulisses Guimarães, chegou a tentar tirar o programa do ar.

        Não conseguiu, e a loira (tingida, por sinal) continuou a soltar falas e falas sobre o que quisesse, quase incontrolável, até sua morte, em setembro de 2012, aos 83 anos de idade.

        Enfim, uma mulher com essa longevidade na vida e na TV brasileira, com os índices de audiência que obteve, e com um modo de falar que penetrava a mente de tantos brasileiros, deve ser sim um grande exemplo de comunicadora, a tantos como nós, estudantes de jornalismo, que desejamos ter algum dia esse poder de comunicar.

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