Hortência é uma repórter de TV dedicada, que sonha ser âncora do telejornal local. Mas sua colega Vanessa fará de tudo para ocupar a vaga. Para chamar atenção, Hortência inventa um assassino em série, com a ajuda de dois amigos.
Esta comédia brasileira, apesar dos exageros, nos mostra alguns pontos sobre o que “pode” ocorrer no nosso meio jornalístico e cultural.
Em uma reunião de pauta, o âncora informa a todos a substituição de sua parceira na apresentação do telejornal por motivos de “velhice” (sendo que ela tem 40 anos) e lança um desafio para as duas repórteres: A que trouxer a melhor matéria, será a nova âncora.
Uma delas,Vanessa, julga-se favorita, por seus dotes físicos, a outra é apresentada como a desleixada inteligente, Hortência.
Com suas pesquisas, Hortência pretende fazer uma matéria provando que sua cidade é a mais segura do mundo. Vanessa rouba a ideia e a apresenta como sendo dela.
Após uma pessoa se suicidar em sua frente, Hortência, com a parceria de dois amigos da funerária, montam a cena como se fosse de um crime, e inventam um assassino, o assassino dos provérbios.
Continuam desviando corpos do IML e montando uma cena como se a pessoa fosse vítima do assassino dos provérbios, sempre com a cobertura de Hortência.
Os índices de audiência sobem, Hortência, antes desleixada, trabalhada na maquiagem, passa a apresentar uma nova figura, mais elegante e sexy, o que a leva a sofrer as cantadas do âncora, que além da parceira na apresentação quer uma parceria em outros lencóis.
Vanessa, agora renegada, consegue descobrir a trama, conta tudo ao âncora, que resolve mata-la com a ajuda do irmão, responsável pela segurança da cidade, e que desvia verbas públicas, porque essa revelação não seria boa perante aos diretores da emissora.
Hortência ouve a trama, tomada de um arrependimento total, impede o assassinato, transmitindo ao vivo a tentativa e assumindo diante das câmeras como havia forjado todos os crimes.
Vanessa então assume a apresentação do telejornal, o âncora e seu irmão são presos, e Hortência, em conjunto com seus amigos da funerária lançam um novo empreendimento: A caracterização do enterro, onde a pessoa tem seus desejos da vida retratados como numa peça em seu enterro.
Apesar dos exageros e do humor sem sentido, somos alertados para alguns fatos bem comum em nosso meio cotidiano e jornalístico: Assédio sexual sobre os subalternos, desvios de verbas públicas, governantes preocupados apenas com suas imagens, falta de ética e moral no meio jornalístico entre outros.
Curiosamente, a atriz Dani Calabresa, a Hortência, está no momento processando um ex-diretor da Globo por assédio.
No melhor estilo brasileiro, continuamos rindo de nossas desgraças.