O INFORMANTE

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O INFORMANTE

1999/ 2h37 min 

Drama                   

DIREÇÃO: Michael Mann

TÍTULO ORIGINAL: The Insider                                EUA

ELENCO:  Russell Crowe (Jeffrey Wigand) Al Pacino (Lowell Bergman) Christopher Plummer (Mike Wallace) Philip Baker Hall (Don Hewitt)

SINOPSE E DETALHES

Depois de tentar entrevistar o ex-executivo da indústria do tabaco Jeffrey Wigand, o experiente produtor de TV Lowell Bergman suspeita que existe uma razão por trás do silêncio de Wigand. Quando Bergman tenta convencer Wigand a contar os segredos que sabe sobre a indústria do tabaco, os dois precisam lidar com os tribunais e as corporações para expor a verdade. E Wigand tem de lutar para manter sua vida familiar em meio a ações judiciais e ameaças de morte.

ATENÇÃO: A RESENHA CONTÉM SPOILER!!!

Lowell tem acesso a informações de Wigand que seriam muito prejudiciais à toda a indústria de Tabaco dos EUA, comprovando a hipocrisia dos Comandantes desta, ao afirmar que não existem provas sobre o vício de nicotina, em plena suprema corte.

Wigand tem conhecimento de que isso é falso, e mais, tem como provar que as empresas trabalham adicionando outros produtos químicos com o intuito de aumentar potencialmente essa dependência, aumentando as vendas.

Posições contrárias à utilização desse produto para aumentar a dependência, levam à sua demissão, porém ele assinou um contrato de confidencialidade com uma das empresas. Falar significa praticamente acabar com sua vida, ao enfrentar processos, os advogados mais bem pagos do mundo, e homens com um extremo poder.

Pelo bem de sua consciência, ele quer falar. Cabe a Loweel, viabilizar esta entrevista, ou seja, assumindo a proteção jurídica e outras necessárias da rede CBS, onde se passa o 60 minutes, para Wigand.

Uma opção seria a de que, caso Wigand fosse obrigado a falar pela lei americana, isso evitaria processos. A rede apoia isto, e Lowell apresenta Wigand  à uma pessoa que tem um processo em outro estado americano contra uma indústria de tabaco, arranjando para que Wigand faça um depoimento no processo.

Durante este processo, começam as pressões sobre Wigand, com ameaças de morte à ele e a sua família, pressões jurídicas que impediam seu depoimento, sob pena de ser preso ao voltar ao seu estado, sua esposa pedindo o divórcio por não aguentar enfrentar tudo isto ao lado do marido, e mesmo contra tudo e todos, Wigand grava a entrevista e dá o depoimento.

Uma reviravolta, porém, causa grandes transtornos em sua vida. A direção da CBS com medo de um gigantesco processo das indústrias tabagistas, recua e decide não apresentar o programa.

Em paralelo, a indústria tabagista levanta um dossiê sobre a vida de Wigand, distorcendo alguns fatos, que o acusariam de ser ladrão, mentiroso e explorador de mulheres por não querer pagar pensão em um divórcio antigo.

Lowell tenta o defender na rede, e é afastado, colocado em férias forçadas para se afastar do caso.

Resumindo, Wigand perdeu seu emprego, seu casamento, sofrerá forte difamação pela mídia, será processado pela indústria de tabaco americana, e seu único aliado, a rede CBS, o abandonou.

Porém Lowell não se rendeu. Em defesa de sua palavra dada a fonte, continua seu trabalho em dessa desta.

Contata o responsável pela publicação do dossiê num jornal, pede que a matéria seja adiada e melhor verificada e lhe fornece todos os dados para isso. Entra em contato com o New York Times, e passa a informação de que a Rede CBS , e seu programa mais famoso e conceituado estão desistindo da notícia de extremo interesse público por medo de processos.

A matéria do Times surte efeito. Praticamente toda a mídia exige que a CBS apresente a entrevista, e assim ela o faz.

A entrevista é apresentada, o processo contra a indústria de tabaco também, não só num estado, mas em outros 49, e os tabagistas acabam assinando um acordo de 249 bilhões de dólares com o governo americano.

Wigand continuou lecionando e criou um programa de alerta ao prejuízo da nicotina para o público jovem.

Lowell não conseguiu se recuperar da traição da rede, e se demitiu. Tornou-se professor e consultor de jornalismo investigativo, foi correspondente investigativo do The New York Times ,forjou uma parceria entre o The Times e a PBS Frontline em 1999, criando projetos colaborativos de investigação usando transmissão, impressão e Web.

Recebeu honras tanto para impressão quanto para radiodifusão, incluindo o Prêmio Pulitzer de Serviço Público, concedido ao The New York Times em 2004 [2]para “A Dangerous Business”, que detalhou um registro de violações de segurança do trabalhador juntamente com a violação sistemática de leis ambientais na indústria de esgoto de ferro fundido e tubulação de água.

Aposentou-se em 2019, após 50 anos de carreira no jornalismo.

Temos um mestre do jornalismo, excelentes aulas de investigação, ética, defesa de fontes e da verdade jornalística.

Caso queiram acompanhar a bombástica entrevista, segue o link:

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